Rede de Lideranças: a convivência é uma construção, um processo.

Quando lá atrás a Mariana Felippe e a Clarissa Borges defenderam que em 2023, o Instituto Elos nutrisse mais ambientes para o conviver, era um pouco isso que elas imaginavam: parte do último encontro com a Rede de Lideranças Comunitárias foi um tempo livre para que, especialmente as crianças, aproveitassem o Espaço Elos.

Os adultos fizeram parecido, enquanto compartilhavam lembranças e histórias.

“Conviver é uma construção, é um processo”, defende Clarissa. Com isso, ela explica, a ideia é criar momentos que sejam assim, longe de uma ideia de produção, de criar o tempo todo. O tempo livre para bater papo é tão essencial para o fortalecimento de comunidades quanto o período de atividades estruturadas para debate e troca de conhecimentos. Foi o caso desse grupo.

A Rede de Lideranças Comunitárias é um dos projetos que busca dar movimento a quem está na linha de frente das transformações dos bairros. Nesse caso, uma articulação entre pessoas de territórios das cidades que compõem a Baixada Santista, em São Paulo, e que de alguma forma tem conexão com o Elos.

Estiveram nesse segundo encontro 20 pessoas, sendo 9 adultas, vindas de 7 territórios diferentes, especialmente de Santos e Cubatão. Clique aqui e leia como foi o primeiro encontro da Rede de Lideranças, em maio.

As crianças já chegaram com óculos de , mas o tempo estava ali no meio do caminho. Fazia que ia chover, mas não chovia mesmo; fazia que ia dar sol, mas não dava sol mesmo. Então, com as atenções um pouco no céu, um pouco nas mesas de conversa, o dia começou com duas atividades.

A primeira foi uma reflexão sobre o que são direitos humanos num contexto territorial, atividade facilitada pela GSA 2022 Vitória Santos . Trazer esses conceitos muito grandes para a realidade de quem lidera a transformação dos territórios é algo importante para o nosso trabalho.

E um segundo movimento foi a apresentação da pesquisa que entrevistou buscou traçar os seus perfis, entender a natureza de trabalhos, os desafios de cada território e como podemos ser um aliado estratégico de médio e longo prazo dessas lideranças e territórios.

Entre as tantas descobertas importantes trazidas por essa pesquisa, que em breve será contada por aqui, uma chama a atenção logo de cara e foi contada ao grupo pela Mariana Felippe: 65% das pessoas entrevistadas não conseguem participar de espaços de construção política. Por exemplo, estar em reuniões de conselhos.

Importante destacar esse dado porque é justamente nesses espaços que são elaboradas, discutidas e reorganizadas as diretrizes que influenciam direitos básicos feito a Educação, Saúde, Cultura. Ou seja, as lideranças conseguem movimentar os territórios, a muito custo, mas ainda encaram um desafio de influenciar os campos de direitos. Sobre isso, Clarissa aponta um nó institucional que precisa ser desatado.

“Falamos sobre a importância de estar nos espaços de participação popular, mas reconhecemos o quanto esses espaços hoje não são organizados para acolher o ritmo de vida dessas lideranças. Por exemplo, a maioria das reuniões são durante o dia, no horário de trabalho das pessoas”, indica. Nos encontros, o Elos tem batido muito na tecla da participação social e os entraves para isso.

PRÓXIMO ENCONTRO

Em novembro, no próximo dia 11, acontece o terceiro encontro da Rede de Lideranças Comunitárias da Baixada Santista, o último desse ano. O tema da vez é alimentação, fome, segurança alimentar e nutricional, sempre trazendo essa conversa macro para a realidade territorial. Dessa vez, a atividade acontecerá na sede UNIFESP.

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