GSA realiza Jogo Oasis em Joanesburgo reunindo pessoas de 4 países

Ao retornar da imersão GSA 2022 Nombulelo Ngwenya reuniu as pessoas da sua comunidade para contar o que havia aprendido. Esse era o combinado: compartilhar o aprendido com as pessoas que havia contribuído para a sua participação no programa.

“Todo o tempo em que eu estava na Vila dos Criadores (Santos-SP), eu ficava pensando, como fazer esse processo na minha comunidade”.

O retorno foi surpreendente, as pessoas ouviram maravilhadas sobre a realização de um sonho coletivo na comunidade e pediram que a Nombulelo, ou Nomi, aplicasse a metodologia na comunidade que luta por mais segurança alimentar. Ali bateu o medo: Nomi não se sentia pronta apara realizar sozinha, um OASIS em terras Africanas, em um contexto muito diferente daquele onde experienciou a metodologia pela primeira vez.

Em novembro de 2022, Nomi se juntou a 19 jovens de 8 nacionalidades no Círculo GSA , na África do Sul, e agora assumiu novas responsabilidades ao lado de GSAs de todos os tempos, que sob a orientação da equipe Elos, facilitou atividades em Langedoc, Stellenbosch.

“Foi essencial para mim, ter a experiência em um contexto muito semelhante ao meu, vivenciando os mesmos tipos de desafios e conflitos que existem na minha comunidade, isso me deu segurança.”

Em julho de 2023, Nombulelo organizou o Oasis Katlehong contando com a parceira de GSAs da Índia, Zimbabue e África do Sul.

“O que me deu confiança para realizar o Oasis foi saber que eu teria suporte, ainda que Archana (GSA 2014 – Índia), Admire (GSA 2012 – Zimbabue) e Tshediso (GSA 2011 – África do Sul) não pudessem estar comigo presencialmente, eu sabia que poderia contar com esse apoio, e também com o Elos.”

 

GSA é uma jornada de aprendizagem que dura um ano, e capacita lideranças a organizar processos participativos nas suas comunidades ao redor do mundo. A imersão em Santos é uma das 4 etapas do programa que prevê mentoria para que cada participante receba o apoio necessário para implementar o seu projeto.

 

Construindo hortas coletivas e contribuindo para a segurança alimentar ao redor do mundo, somos Elos.

GSA 2022 começa beneficiando mais de 5 mil pessoas

 

O Módulo 1 do GSA é o Caminho do Sim é composto por  21 uma hora de atividades on-line, distribuídas ao longo de 20 dias corridos. O Processo de desenvolvimento pessoal é uma etapa eliminatória do programa, e permite a seleção de participantes para a Imersão. Cada pessoa inscrita recebe acesso a uma plataforma de jogos exclusiva, onde recebe o apoio de materiais e ferramentas para desenvolver-se em três níveis de relações: eu comigo, eu com as outras pessoas, eu com o mundo. Cada processo é acompanhado de perto por uma equipe experiente, que estuda o seu desempenho no jogo e as tarefas realizadas, além de prover devolutiva personalizada sobre seu desenvolvimento.

Quem participa do programa recebe o desafio de olhar para si, olhar para o mundo e a partir dos recursos disponíveis, prototipar uma ação que promova uma mudança imediata.

Até aqui foram realizadas 4 rodadas do Caminho do Sim e através das ações realizadas na plataforma 5.349 pessoas foram beneficiadas.

Conheça algumas das ações realizadas por participantes do Caminho do Sim

Isabel Rocha tem 21 anos e mora em Aracati, no Ceará, foi lá mesmo, no povoado de 300 habitantes que a jovem decidiu realizar um sonho antigo da comunidade, para isso contou com muito apoio, a horta é o resultado visível de uma ação de mobilização que fortalece o senso de pertencimento na comunidade.

“Quando escolhi o caminho da intuição, quis que meu coração guiasse esse passo. Assim o fiz. No 2° dia de missão, sentei com meu primo recém-chegado de viagem e falei sobre as missões e sobre o programa, e até falamos dos tempos antigos da nossa comunidade. Lembramos que existia um coletivo de jovens que movimentava e fazia várias coisas boas pela comunidade. Depois dessa conversa tudo se alinhou: a minha vontade de criar uma ação que estivesse ligada com sustentabilidade e o impulso de agir do meu primo. Foi quando pensamos na horta comunitária, e como poderíamos materializar com poucos gastos. Mas não foi preciso, ganhamos tudo; desde adubos à sementes e mudinhas. O caminho se confirmou!”

A próxima rodada do Caminho do Sim, começa no dia 28 de março, inscrições pelo site: www.institutoelos.org/gsa

Instituto Ideal conta com duas GSAs em Alagoas

A gente adora receber notícias de GSAs contando sobre o que estão fazendo. Essa história quem conta são Isadora Padilha (GSA 2017) e Sandra Januário (GSA 2012) sobre o trabalho do Instituto Ideal em Alagoas.

No final do ano passado, o Instituto IDEAL, do qual fazemos parte, completou 7 anos. E nesse ano tão difícil, ainda assim encontramos conquistas a celebrar no nosso aniversário e a principal delas é justamente a nossa atuação durante a pandemia, pois em muitos momentos buscamos fazer o nosso melhor.

Aqui no estado de Alagoas foram criadas diversas campanhas e iniciativas solidárias por diferentes organizações para o enfrentamento ao novo coronavírus, principalmente em Maceió, nas comunidades economicamente vulneráveis da cidade. Ajudamos a mapear e divulgar centenas delas, nos nossos dois guias de iniciativas solidárias alagoanas.

Junto com toda a equipe, atuamos fortemente na arrecadação e distribuição de alimentos, materiais de limpeza e higiene, EPIs, entre outros, iniciando na região lagunar de Maceió, onde fica a nossa sede, um território descoberto de infraestrutura e serviços essenciais à vida, onde junto ao Movimento dos Povos das Lagoas estabelecemos uma Petição Pública exigindo ações imediatas do poder público e a adoção de soluções definitivas de problemas insustentáveis reproduzidos localmente há anos e que se tornam avassaladores para a população das comunidades diante da pandemia.

Ao todo, ajudamos a beneficiar mais de 170 entidades e comunidades, impactando direta ou indiretamente mais de 26.000 pessoas em situação de vulnerabilidade social em 20 municípios alagoanos, contando com mais de 90 apoiadores do poder público, iniciativa privada e sociedade civil.

Muitos desses projetos têm continuação já prevista no primeiro trimestre de 2021 ou mesmo ao longo do semestre, junto às comunidades com as quais trabalhamos, e prevemos envolver etapas de mobilização presencial com estudantes de instituições públicas e privadas, além de estarmos iniciando um crowdfunding para a continuidade e sustentabilidade mais imediata de uma dessas iniciativas, que envolve geração de renda. Nesse ano que se inicia, nossos votos são de muitos sonhos para um futuro melhor dos lugares junto com as pessoas.

Em síntese, essas foram as realizações alcançadas pelo IDEAL entre março de 2020 e janeiro de 2021:

# DISTRIBUIÇÃO DE:
– Mais de 500 cestas básicas e fardos de alimentos;
– Mais de 3000 refeições;
– Cerca de 175 panetones;
– Cerca de 175 vales-gás;
– Centenas de kits de material de limpeza e higiene, totalizando: 446 litros de água sanitária, 100 litros de desinfetante, 214 litros de sabão líquido, 1815 barras de sabão, 350 pacotes de sabão em pó, 700 sabonetes, 180 pacotes de papel higiênico, 600 esponjas de limpeza e 350 pastas de dente;
– 203 litros de álcool 70°;
– Mais de 1740 máscaras descartáveis ou reutilizáveis e mais de 20m de tecidos para confecção de máscaras;
– Equipamentos de proteção como uniformes completos, botas, luvas, óculos, bonés árabes, squeezes, borrifador;
– Roupas, sapatos, bolsas, lençóis, toalhas e outros acessórios;
– Ferramentas para trabalho braçal;
– Itens de mobiliário e objetos, inclusive hospitalares;
– Remédios diversos;
– Duas cadeiras de roda e de banho;
– Pacotes de fraldas geriátricas ou infantis;
– Dezenas de brinquedos, caixinhas de suco e doces para crianças;
– Dezenas de livros para duas bibliotecas comunitárias (uma na parte baixa e uma na parte alta de Maceió).
# INSTALAÇÃO DE:
– 50 lavatórios comunitários provisórios e 10 lavatórios comunitários permanentes em 12 bairros de Maceió.
# PUBLICAÇÃO DE:
– Dois guias divulgando 115 iniciativas solidárias de 20 municípios alagoanos;
– Três cartilhas sobre cuidados no manejo de materiais recicláveis durante a pandemia, no âmbito do nosso projeto Rede Reciclagem.

20 anos de GSA

Universidade Aberta de Verão 1999
Universidade Aberta de Verão 1999

20 anos de GSA.  A história do Guerreiros Sem Armas nasceu de um pedido de estudantes do Chile, Argentina, Paraguai e do Brasil que queriam aprender o método que usamos para mobilizar a comunidade santista em torno da revitalização do Museu de Pesca de Santos. 

A origem do Guerreiros Sem Armas

Um grupo que conheceu nossa experiência nos encontros nacionais (ENEA) e latinoamericanos (ELEA) de estudantes de arquitetura queria saber mais sobre o projeto de recuperação de um patrimônio que estava fechado há mais de 10 anos. Para nós, fazia parte de uma estratégia para repensar o ensino de arquitetura, que não levava em conta as questões sociais e a mobilização comunitária. 

Universidade Aberta de Verão 2000

Se lá no passado, foi Universidade Aberta de Verão, em 2009, se tornou o Guerreiros Sem Armas, nome inspirado pelo mito Txucarramãe, trazido pelo Kaká Werá, responsável pelos Jogos Indígenas que trabalham a conexão com os elementos da Natureza, que foi perdida com os processos de urbanização. 

Mito inspirador do GSA

“No caminho do guerreiro, cabe a você discernir o que foi tecido pelos fios divinos e o que foi tecido pelos fios humanos. Quando você principia a discernir, você se torna um Txucarramãe – um  guerreiro sem armas. Porque os fios tecidos pela mão do humano formam pedaços vivificados pelo seu espírito. Essa mão gera todos os tipos de criação. Muitas coisas fazem parte de você para se defender do mundo externo, geradas pela sua própria mão e pelo seu pensamento. Quando você descobre o que tem feito da sua vida e como é sua dança no mundo, desapega-se aos poucos das armas, que são criações feitas para matar criações. De repente, descobre-se que, quando paramos de criar o inimigo, extingue-se a necessidade das armas.”. Kaká Werá Jecupé.

GSA 2009

A crença que está presente no GSA

Em nossa jornada, acreditamos que devemos sair do transe da escassez predominante nas sociedades contemporâneas. As sociedades atuais apresentam inúmeras complexidades e desafios, próprias de um panorama global interconectado nos âmbitos econômico, social, político, cultural e ambiental, baseados em um modelo de escassez que gera disputas sociais de grupos que vivem em situação de exclusão.

GSA 2019

Formamos jovens a partir de uma visão inovadora, baseada em um modelo de abundância, para atuarem na transformação deste contexto tão complexo.

Nossos resultados

São 20 anos completados, 12 edições, e celebramos nossa rede de 602 GSAs, de 51 países, que impactaram 1.806 comunidades.

Depois de 10 anos, GSA está vivo em Dimas Reis

“Quando fiz o Guerreiros Sem Armas, isso já faz 10 anos, percebi que de fato eu podia afetar a vida das pessoas.  O GSA me trouxe a perspectiva de poder criar ambientes que propiciam que as pessoas sejam a essência delas, que manifestem seus sonhos visivelmente. Eu tenho a certeza de que eu estou apto e capaz para criar ambiências, de costurar relações, que servem para um bem-estar maior, para o bem-estar das pessoas das nossas comunidades”. Dimas Reis (GSA2009).

Cena do documentário “Visionários da Quebrada” do coletivo do mesmo nome

Dimas toca vários projetos hoje em dia. Ele disponibiliza seu tempo para facilitar pessoas e empresas que tem o desejo da sair do sonho para a ação de forma coletiva. Em outro, ele assume o papel do cuidado através da cura, onde uso a massagem possibilita criar ambientes internos nas pessoas a partir de terapias.

O Preto Império é um co-working que pretende ter um espaço gastronômico, espaço maker, um escritório coletivo, um lugar de aprendizado, de terapia, de cultura, com os princípios de permacultura transpassando todas estas áreas.  O pessoal  está no processo de tornar este projeto efetivo em sua totalidade.

“Trago comigo do GSA o treino de sentir, pensar, sonhar, planejar e realizar. Isso se firmou em mim e contribui para eu não esmorecer e não duvidar da possibilidade de tornar os sonhos coletivos em algo real”.

Quer fazer parte do Guerreiros Sem Armas? Informações e inscrições aqui: GSA2019

Veja como o GSA mudou a vida de Renata Minerbo

“Viver o GSA foi decisivo para me tornar a pessoa e empreendedora que sou hoje. Despertou-me para uma outra maneira de ver o mundo, e para a possibilidade de viver com um propósito, de sair da minha bolha de privilégios e me tornar parte da solução. Sou eternamente grata por essa experiência que é responsável por grande parte da minha realização pessoal e profissional”, conta Renata Minerbo Strengerowski (GSA2009).

Aos 20 anos e estudando arquitetura, Renata vivia uma vida convencional de universitária em São Paulo. Ao participar de um ENEA (Encontro Nacional de Estudantes de Arquitetura), descobriu não só o GSA, mas também a possibilidade de se engajar em questões sociais e políticas que debatiam o papel do arquiteto na construção da cidade e se interessou muito pelo assunto.

Com dificuldade de encontrar um tema que realmente a interessasse, estava seguindo o caminho convencional de buscar estágios e construir carreira em empresas que não se conectava genuinamente. Como sempre foi uma pessoa que gostou de desafios e novos aprendizados, resolveu aproveitar essa oportunidade de entrar em contato com diferentes culturas e abrir novas possibilidades que nunca tinha imaginado existirem.

Depois de participar da edição de 2009, Renata tornou-se voluntária assídua do movimento Oasis em São Paulo, e de fato encontrou sentido no papel transformador que poderia ter como arquiteta. Em 2013 fundou seu próprio negócio social Acupuntura Urbana, que tem como principal metodologia de seus serviços a Filosofia Elos. Hoje, não só tem grandes nomes em sua cartela de clientes como Latam, Kimberly Clark e Carrefour, como tem seu trabalho de impacto reconhecido nacional e internacionalmente.

Desde 2015 a empresa passou a atuar em todo o Brasil e conta com seu time de facilitadoras composto exclusivamente por Guerreiras de diversas edições. Isso possibilitou que Renata saísse do Brasil para ampliar seus conhecimentos e impactos, disseminando a Filosofia Elos em diversos países e envolvida com diversas iniciativas de transformação social.

Quer fazer parte do Guerreiros Sem Armas? Informações e inscrições aqui: GSA2019

Simone Batista é uma GSA com Doutorado em Educação

“O GSA tem muitos impactos na minha vida. Um que destaco é aprender a se desarmar. Em geral os ambientes de trabalho e a sociedade são competitivos, as pessoas tratam quem pensa diferente, de forma irritada, sem diálogo. O GSA me ensinou que somos todos da mesma humanidade. Para vivermos juntos, temos que fazer o exercício diário de nos desarmar. Desarmar da intolerância, da impaciência, de não escutar outros pontos de vista. Ajuda muito pensar que estamos aqui, nessa vida, dançando juntos, achando sempre novos ritmos. Sou uma pessoa melhor, mais humana, depois do GSA”, explica Simone Batista (GSA2014).

Simone Batista (GSA2014) é Doutora em Educação pela FEUSP, Mestre em educação pela FEUSP, graduada em história pela Unisantos, e em pedagogia pela Unicamp. É ainda professora do ensino superior há mais de 20 anos na São Judas Unimonte. Autora do livro “Televisão e formação inicial de professores: a importância da mediação docente. Coautora do livro “Porto que te quero perto”.

Para transformar a educação, sendo ela usa princípios da Filosofia Elos nas suas aulas em diferentes cursos universitários:
1. Repensar como vemos as pessoas
2. Conversar com o saber da comunidade e exercitar a escuta ativa
3. Construir uma comunidade escolar
4. Usar metodologias participativas
5. Entender que todo mundo tem um sonho
6. Aprendizado pela prática

“Um provérbio africano diz que é preciso de uma aldeia inteira para educar uma criança, o que significa todas as pessoas têm a responsabilidade de educar”.

Quer fazer parte do Guerreiros Sem Armas? Informações e inscrições aqui: GSA2019

Conheça Felipe Ferreira e os diferentes lados do GSA

Felipe Ferreira mora na comunidade da Aldeia na Baixada Santista desde 2007. Ao perceber que a  realidade das crianças na comunidade era de imensa falta de referências e crença no futuro, sentiu que devia fazer algo, que não podia mais esperar. Assim iniciou aulas de Jiu-jítsu na sua própria casa, sem ter ideia de onde isso o levaria.

O Instituto Novos Sonhos é uma evolução do que começou 10 anos antes. Hoje está presente em 3 comunidades da Baixada Santista, com 3 equipes voluntárias extremamente dedicadas e apaixonadas pelo que fazem. Os apoios e áreas de atuação continuam crescendo, e ele sonha em ampliar ainda mais os locais onde atua, envolver-se na política, tornar-se referência de uma história de batalha e de ações concretas que transformam a realidade de tantas crianças.

Depois de ser anfitrião em sua comunidade do Guerreiros Sem Armas, em 2012, veio participar da edição em 2014, e foi facilitador do programa em 2017. Seu projeto Instituto Novos Sonhos é uma evolução do que começou 10 anos atrás. Hoje está presente em 3 comunidades da Baixada Santista, com 3 equipes voluntárias extremamente dedicadas e apaixonadas pelo que fazem.

“Eu aprendi com o Elos a trabalhar cooperativamente. Empatia, colaboração e toda a pedagogia do GSA fez possível que a gente ampliasse nossas ações para o que são hoje. Desde ferramentas para trabalhar, como também os grandes amigos que tenho hoje para a vida, vieram dessa experiência. GSA para mim é família, é irmandade”.

Quer fazer parte do Guerreiros Sem Armas? Informações e inscrições aqui: GSA2019

Lia D’Amico promeve bazar para Caminho de Pilões

Lia

Lia D’Amico (GSA2018) fala sobre o bazar que ela fez porque queria arrecadar fundos para o Caminho de Pilões, comunidade parceira do Guerreiros Sem Armas 2018. Agora que temos uma leva de futuras e futuros GSAs nas campanhas de captação, vale como inspiração!

“O bazar aconteceu numa vila linda onde uma amiga minha mora e o dia de sol sem chuva ajudou bastante. Não sei quantas pessoas apareceram, mas o grande fluxo foi todo nas primeiras 3 horas de bazar, próximo ao horário do almoço. ficou um aprendizado aí sobre o horário, porque depois realmente não apareceu mais quase ninguém o dia todo. Tive ajuda de muitos amigos e da Beatriz Pagy (da mesma edição do GSA da Lia). Vendemos cerca de 1/4 das coisas e também recebemos algumas doações de dinheiro, gerando um total de R$ 4.477 para a comunidade”.

O restante das doações foram encaminhadas da seguinte forma:
1. Metade para a Moóca, no incêndio da favela onde tem muitas famílias desabrigadas.
2.  1/10 pra uma loja no Enjoei, onde vou continuar tentando vender e arrecadar mais $ para doar.
3. O restante (basicamente um skate, um capacete, 1 saco de roupa feminina e 2 caixas de masculina) para o Instituto Novos Sonhos.

“Nem sei como fiz esse bazar acontecer. Algo dentro de mim falou que eu conseguiria, e eu simplesmente fui fazendo, sem planejar, contando com ajuda de pessoas maravilhosas que estiveram ao meu lado. Quando vi todo o ENORME bazar pronto, foi uma sensação mágica. Nunca sonhei que pudéssemos coletar tantas doações e nem arrecadar tanto dinheiro. A lição principal pra mim foi: faça! Mesmo que não saiba como. Você vai encontrando caminhos”, comentou Lia.

Conheça Issac Kaka GSA 2012

Isaac Kaka Mutisya Muasa (GSA 2012) é fundador do One Stop, um centro comunitário que oferece serviços como distribuição de alimentos, acesso à tecnologia da informação e comunicação e treinamento vocacional e de empreendedorismo. Sua comunidade é Mlango Kubwa, que tem aproximadamente 50.000 habitantes, entre eles, 70% têm 24 anos ou menos.

“Nós fundamos este Centro com apoio e assistência da ONU-Habitat e do Governo da Noruega. Hoje, servimos refeições para mais de 300 moradores de rua no bairro todos os finais de semana, oferecemos treinamento em nosso Centro Tecnológico Innovate Kenya e um espaço seguro para os jovens se reunirem e planejarem para si mesmos e para o futuro de seus moradores ”, disse Isaac Mutisya Muasa, conhecido como Kaká.

Kaká é residente e líder comunitário em Mathare. Os esforços de Kaká foram cruciais para o desenvolvimento de espaços públicos seguros e generativos para os jovens em Mlango Kubwa.

“O One Stop e o campo de futebol tiveram um impacto significativo na comunidade, tanto em termos de segurança quanto na criação de oportunidades para os jovens”, relata Dra. AisaKacyira, Diretora Executiva Adjunta do Programa das Nações Unidas para Assentamento Humano da ONU-Habitat.

Ele é um dos exemplos de jovens que fizeram o Guerreiros Sem Armas. Quer participar? Para informações e inscrições, por favor, clique aqui