Cultura da abundância ilumina o potencial existente, sem negar desafios

Um depoimento de Mirian Fonseca, facilitadora da equipe Elos

Muitas vezes, estamos imersos em um mundo repleto de recursos e oportunidades, mas nosso olhar está fixado na escassez, impedindo-nos de reconhecer as potencialidades ao nosso redor. E é exatamente essa a lição que nos ensina o Jogo da Abundância, segundo módulo do GSA – o programa internacional de formação de lideranças do Instituto Elos (saiba mais aqui).

O objetivo principal desta etapa é que as pessoas aprendam na prática como mobilizar sua própria rede e recursos financeiros para apoiar o seu propósito e a sua atuação no mundo. Neste exato momento, participantes de 10 países diferentes estão aprendendo ferramentas e metodologias que irão apoiá-las a se preparar para chegar no programa – incluindo o pagamento do curso; passagens para a imersão que acontece em Santos, no mês de julho, se a pessoa estiver em outro estado brasileiro ou país; entre outros custos e condições que sejam necessárias para garantir a participação ao longo deste um ano de percurso.

Cada etapa deste Jogo foi cuidadosamente desenhada para que os participantes possam aprender a olhar a abundância onde muitos veem a escassez. Por isso, iniciamos falando sobre os princípios fundamentais da cultura da abundância: a mentalidade positiva, a gratidão, o compartilhamento, a colaboração, a crença na abundância, o ciclo de generosidade, o foco no desenvolvimento pessoal, a consciência ambiental e o empoderamento. Abordamos também o propósito individual e coletivo, ensinamos ferramentas para mobilizar redes e, por fim, elaboramos um plano de captação de recursos e mobilização de redes. 

Nos últimos anos, tenho me dedicado à criação de iniciativas que promovem o desenvolvimento comunitário e o impacto social. E foi durante uma mentoria individual com uma participante da Guiné-Bissau que encontrei o verdadeiro sentido do meu trabalho no Jogo da Abundância junto ao Instituto Elos: ela expressou que a sua participação no programa GSA representa muito mais do que um simples desejo pessoal; é uma oportunidade de sonhar com novos processos de educação para as crianças guinenses.

Este comentário fez com que eu me conectasse ainda mais com o meu propósito no mundo, que é continuar inspirando mudanças positivas por meio da arte e do engajamento comunitário, construindo pontes entre a cultura, a educação e o desenvolvimento social.

Mirian (de camiseta verde) e participantes da edição 2023 do Programa GSA

Quando recebi o convite para integrar o time do Jogo da Abundância e colaborar no novo desenho dessa experiência, não imaginava quantas vezes iria me emocionar ao ouvir os sonhos dos participantes sobre um mundo melhor. Do quanto iria vibrar toda vez que alguém alcança uma meta e por todo esforço empenhado para aqueles que estão a caminho de alcançar. Por cada abraço que deixou de ser virtual para se tornar presencial durante a imersão nos últimos anos.

Encerro este texto compartilhando o sonho de Lucas Moreira, GSA da turma de 2024, em que ele diz acreditar “em um mundo onde as crianças periféricas tenham oportunidades para expressar sua potência; onde as pessoas da burguesia branca brasileira se conscientizem de seu papel na estrutura de desigualdade social; onde haja celebração conjunta entre pessoas de diferentes classes sociais; onde a energia colocada no mundo corporativo seja direcionada para o bem comum; onde as pessoas se relacionem de forma íntima com a natureza e vivam em maior harmonia com ela’’. E, para alcançar esse sonho, Lucas se define como “um caminhante que, com afeto, mobiliza para a luta por uma vida com mais diálogo, equidade e bem-estar.”

Para mim, o GSA é sobre isso: ser a mudança que o mundo precisa agora! E com certeza será a ponte para que ele possa alcançar este sonho, promovendo conexões com pessoas que o apoiarão nesta jornada de aprendizagem, para fazer parcerias, se inspirar e trabalhar em conjunto. É o momento de virar a chave e compreender que, se a escassez é real, a abundância é muito mais real ainda.  

Quem assina esse artigo: Mirian Fonseca é formada em Artes Cênicas, gestora de projetos colaborativos e produtora cultural. Atualmente é também facilitadora e produtora do Programa GSA (Guerreiros Sem Armas) no Instituto Elos. 

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