‘As pessoas precisam saber que não estão sozinhas’: nosso trabalho em rede com a Baixada Santista

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Primeiro, é preciso contar que a frase aí em cima é da Mariana Felippe, uma das gestoras de rede de articulação de territórios, que é: o encontro de lideranças da Baixada Santista com quem trabalhamos hoje ou em algum momento anterior.

No sábado, 27, esse grupo se reuniu pela primeira vez este ano. Eram 26 pessoas, de 5 cidades: Santos, Cubatão, Praia Grande, Guarujá e Peruíbe.

“Queremos construir um espaço seguro em que as lideranças possam trocar umas com as outras o que sabem e o que estão fazendo”, explica Natasha Mendes Gabriel, coordenadora de Movimento, área responsável por esse projeto dentro do Instituto Elos.

Ela conta que essas pessoas, que estão todos os dias na linha de frente do trabalho social, enfrentam desafios parecidos, passam por situações parecidas e muitas vezes não tem um lugar para falar sobre isso, para trocar sobre isso. E é aqui que a Mariana aparece, de novo.

“A gente percebe”, diz, “que existe um sentimento de solidão bem forte entre essas lideranças. Elas fazem muitas coisas sozinhas, sentem que não há um reconhecimento sobre o seu trabalho ou que as pessoas não entendem completamente o que estão fazendo. Além disso, existe muita pressão vinda de todos os lados. Quem apoia?”, analisa Mariana. Por isso e para isso que esse trabalho de articulação com territórios da Baixada Santista existe, me explica:

“Quando estamos juntas podemos compartilhar as dores, os desafios e as soluções que cada lugar encontrou. É preciso juntar as pessoas para que elas saibam que não estão sozinhas fazendo o que fazem”.

Esse projeto nasceu de uma pesquisa do Instituto Elos, ainda em 2022. Na época, a área de Movimento entrevistou lideranças para traçar perfis, entender a natureza de seus trabalhos, os desafios de cada território e como o Instituto Elos poderia ser um aliado estratégico de médio e longo prazo. Existir um espaço de troca e formação apareceu como uma necessidade durante as entrevistas. O estudo será contado em breve por aqui.  

NINGUÉM SABE MAIS, SABEMOS DIFERENTE

“O encontro foi muito importante para mim”, diz Elizabeth Alves. Ela mora na Vila Israel há 8 anos, uma das primeiras moradoras do lugar. “É importante contar o que estamos fazendo, mas também escutar o que as outras comunidades fazem, sabe. Assim, a gente aprende uns com os outros”.  O José Domingos pensa bem parecido, veja:

“Porque você pode trazer uma ideia que escutou lá no encontro para a sua casa, que vai agregar ali no seu território. Muitas vezes você está trabalhando numa direção, aí descobre que não é a melhor em momentos como esse que tivemos “. Domingos, que mora há 22 anos em Pilões, diz que “o Elos faz muito bem isso, de colocar as lideranças para conversar. O Elos é igual uma ponte”. Gostamos dessa imagem, Domingos.

Além da Vila Israel e de Pilões, estiveram no encontro lideranças da Vila Pantanal, Vila dos Criadores, Monte Serrat, Vila Esperança, Instituto Novos Sonhos, Biblioteca Comunitária Conto de Fadas Periférico, Editora Periferia tem Palavra e do Coletivo de Mulheres Caiçaras.

Próximos Movimentos

Os encontros serão regulares, daqui até dezembro. Para o próximo, o Instituto Elos vai detalhar o que descobriu com a pesquisa comunitária. Será também o momento de mapear os interesses em comum para a construção de uma agenda de estudos e trocas ao longo do ano.

 

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