20 anos de GSA. A história do Guerreiros Sem Armas nasceu de um pedido de estudantes do Chile, Argentina, Paraguai e do Brasil que queriam aprender o método que usamos para mobilizar a comunidade santista em torno da revitalização do Museu de Pesca de Santos.
A origem do Guerreiros Sem Armas
Um grupo que conheceu nossa experiência nos encontros nacionais (ENEA) e latinoamericanos (ELEA) de estudantes de arquitetura queria saber mais sobre o projeto de recuperação de um patrimônio que estava fechado há mais de 10 anos. Para nós, fazia parte de uma estratégia para repensar o ensino de arquitetura, que não levava em conta as questões sociais e a mobilização comunitária.
Se lá no passado, foi Universidade Aberta de Verão, em 2009, se tornou o Guerreiros Sem Armas, nome inspirado pelo mito Txucarramãe, trazido pelo Kaká Werá, responsável pelos Jogos Indígenas que trabalham a conexão com os elementos da Natureza, que foi perdida com os processos de urbanização.
Mito inspirador do GSA
“No caminho do guerreiro, cabe a você discernir o que foi tecido pelos fios divinos e o que foi tecido pelos fios humanos. Quando você principia a discernir, você se torna um Txucarramãe – um guerreiro sem armas. Porque os fios tecidos pela mão do humano formam pedaços vivificados pelo seu espírito. Essa mão gera todos os tipos de criação. Muitas coisas fazem parte de você para se defender do mundo externo, geradas pela sua própria mão e pelo seu pensamento. Quando você descobre o que tem feito da sua vida e como é sua dança no mundo, desapega-se aos poucos das armas, que são criações feitas para matar criações. De repente, descobre-se que, quando paramos de criar o inimigo, extingue-se a necessidade das armas.”. Kaká Werá Jecupé.
A crença que está presente no GSA
Em nossa jornada, acreditamos que devemos sair do transe da escassez predominante nas sociedades contemporâneas. As sociedades atuais apresentam inúmeras complexidades e desafios, próprias de um panorama global interconectado nos âmbitos econômico, social, político, cultural e ambiental, baseados em um modelo de escassez que gera disputas sociais de grupos que vivem em situação de exclusão.
Formamos jovens a partir de uma visão inovadora, baseada em um modelo de abundância, para atuarem na transformação deste contexto tão complexo.
Nossos resultados
São 20 anos completados, 12 edições, e celebramos nossa rede de 602 GSAs, de 51 países, que impactaram 1.806 comunidades.