Quem cuida de quem cuida: encontro discute saúde mental na Vila Esperança

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Uma pesquisa ainda inédita feita pelo Instituto Elos aponta que 65% das lideranças conectadas ao nosso trabalho na Baixada Santista têm dedicação diária ao trabalho em seus territórios. E 52% das entrevistadas não têm acompanhamento psicológico profissional. Pensando nisso, articulamos oportunidades de troca sobre o tema saúde mental com os territórios parceiros. Foi o que aconteceu na Vila Esperança, em 24 de junho.

Por lá, você já sabe, o Instituto Elos trabalhou com moradoras e moradores no último ano fortalecendo o desenvolvimento de sonhos coletivos de transformação. Uma das materializações desse trabalho foi a reforma da sede da Associação De Bem com Mangue. Você pode conferir a história completa aqui.

Dessa vez, as lideranças locais receberam o grupo do “Saúde Mental e Cuidados – aspectos socioculturais, éticos e políticos”, projeto de extensão da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP.

O grupo de estudantes conheceu o espaço, de cara nova, e puderam saber mais sobre as atividades que estão sendo planejadas para o segundo semestre. Uma das trocas aconteceu com a Francisca, pequena escritora da Vila Esperança. Ela tem apenas 10 anos e acabou de lançar seu primeiro livro.

O projeto de extensão busca promover espaços de trocas e discussões com lideranças territoriais sobre a prática do cuidado, nas diversas camadas da vida. O tema é ainda mais urgente para quem cuida de tantas outras pessoas, como é o caso das lideranças comunitárias Para isso, e foi bonito, reuniram as pessoas em roda e buscaram nomear o tema a partir das vivências e experiências presentes por ali.

Juliana Campos Gomides, uma das facilitadoras que acompanhou de perto a Vila Esperança nos últimos meses, resume bem um dos grandes aprendizados do dia: “O papo foi incrível para percebermos que, na prática, o cuidado por aqui é viver em comum-unidade”, diz.

“A experiência de conhecer o espaço e as diferentes frentes de atuação foi incrível, enriquecedora e inspiradora”, conta  a estudante Luiza Escardovelli, que faz parte do grupo de extensão. Ela ficou especialmente mexida com algo que escutou, entre uma conversa que ia e outra que vinha.

“Uma das participantes da roda compartilhou uma frase que está ecoando em mim até agora: somos famílias que cuidam de famílias. Isso me mostrou o poder comum e fortalecido das comunidades”, revela. Luiz também celebra a presença das crianças durante todo o encontro, já que elas também precisam lidar com muitas coisas ao mesmo tempo. O encontro terminou em uma bela feijoada, compartilhada por todas as pessoas da roda.

Todos os anos, ao fim de cada Programa GSA, o Instituto Elos faz acompanhamento e assessoria aos territórios que acolhem o programa. Com duração média de um ano, durante esse tempo as lideranças locais têm encontros regulares com facilitadoras institucionais e pessoas convidadas que apoiam nos mais diferentes desafios.

 

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