Negócio de Guerreiro – Escola de Notícias

Por Tony Marlon*
O Instituto Escola de Notícias (EDN) é um negócio social da região de Campo Limpo, zona sul de São Paulo, que atua prestando serviços e vendendo produtos de comunicação para empresas, organizações sociais, grupos culturais e moradores, além de prestar consultoria em projetos educomunicativos. Criado oficialmente em 5 de janeiro de 2011, o EDN é um sonho antigo. Desde 2006, quando o fundador Tony Marlon participou do primeiro ciclo no Brasil do Geração MudaMundo, da Ashoka Empreendedores Sociais, imaginou criar um projeto empreendedor que trabalhasse a questão do audiovisual. Mas, mesmo durante o processo de formatação dessa ideia, ainda em 2006, algumas coisas ficaram em sua cabeça: não gostava simplesmente da ideia de ganhar dinheiro fazendo vídeo para a comunidade, mas usar o micro-ambiente de mercado do bairro para termos um projeto maior.
Para ele, isso seria usar a mesma lógica do mercado de comunicação, mas numa escala menor, dentro do próprio bairro. Buscava, acima de tudo, que o processo de construção de um vídeo não fosse, por si só, a transformação que aconteceria na vida dos jovens que iriam formar. Incomodava-o que ao final das oficinas os jovens saíssem com um vídeo na mão, um conhecimento na cabeça e só. Era preciso mais. Por isso, engavetou a ideia de uma produtora e resolvi procurar cursos, vivências e oficinas que o ajudassem a construir um modelo de atuação que respondesse a essas dúvidas.
Depois de 5 anos trabalhando em outros lugares, e vivendo muitas experiências incríveis na área de juventude, empreendedorismo e comunicação, achei que já tinha elementos e um pouco de experiência para tirar o, agora Instituto Escola de Notícias, do papel e trazer para o mundo real. De uma simples produtora de vídeos, sonhada lá em 2006, o projeto ganhou um desenho institucional, um caminho metodológico, que respondeu algumas das angústias, também um caminho econômico, e muitas outras coisas. Essencialmente, o Escola de Notícias presta serviços de comunicação para organizações sociais, e outras, recebendo para isso, vendendo também serviços de consultoria e formação em educomunicação, e investindo esses recursos no pagamento de sua equipe e na criação de um fundo de caixa para a criação do segundo braço do EDN – a Escola de Comunicação Comunitária. Ou seja: uma alimenta financeiramente e metodologicamente a outra.

Como o EDN muda o mundo

Acreditamos que para que uma comunicação exista são necessários três momentos: Informar, Inspirar e Mobilizar. Se isso não acontecer, pra nós, não existe comunicação. Então, todos os nossos projetos atuais e prestação de serviço estão desenhados em cima disso. Acreditamos que a comunicação tem sim poder de mudar o mundo, mas que, para isso, é necessário antes mudar as comunidades. Por isso a nossa metodologia de formação da Escola de Comunicação Comunitária é baseada em 4 passos, onde os jovens são convidados a participar de uma jornada em busca do conhecimento técnico em vídeo, rádio, jornalismo e criação gráfica, ao mesmo tempo em que usam os conhecimentos que vão sendo colhidos pelo caminho para resgatar e conectar histórias de suas famílias, ruas, bairros e escolas, de uma forma em que os sonhos dos moradores da comunidade sejam estimulados a parecer e, em um último momento, a serem transformados em realidade, usando para isso ferramentas de comunicação.

Como o GSA faz parte desta história?

O Guerreiros Sem Armas foi a última etapa dessa aventura para a construção de uma coisa que nem eu sabia bem o que era. Uma série de experiências dos anos anteriores, cursos, oficinas, vivências e tudo mais foi resumido e transformado em 33 dias fantásticos. O GSA 2009 foi, sem dúvida, a aventura mais fantástica da minha vida. Uma série de conceitos foram amarrados na minha cabeça durante o tempo em que estive lá. Uma série de coisas que ouvi as pessoas falando por aí, por aqui, por ali, ganhou forma, sentido e clareza a partir do GSA. Está sendo uma experiência transformadora ser a melhor versão de mim mesmo todos os dias, para encontrar outros que são sua melhor versão e construirmos uma melhor versão de mundo para todos.

A experiência do GSA deu algum impulso para o EDN acontecer?

Na minha opinião, amarrou conceitos. Isso foi o que mais ficou forte em mim. Eu vi e vivi muita coisa pré-guerreiros, mas o GSA foi diferente, pois me possibilitou viver e com-viver com pessoas de todos os cantos, jeitos, culturas durante um longo tempo, em diversas situações, fazendo com que eu entendesse, na prática que todos tem a sua contribuição para transformar o mundo. A gente só precisa prestar atenção em qual é a nossa forma, o nosso presente.

Parceria com o Instituto Elos

Depois do GSA 2009, eu saí com a idéia fixa de que a hora de fazer o EDN nascer havia chegado, depois de tanta espera. Mas, para isso, tudo precisava ser são tão simbólico quanto vinha sendo. Foi aí que decidimos, com a chegada de outras pessoas nessa aventura, que o primeiro trabalho oficial do EDN deveria ser aquele em que a última etapa de sua construção aconteceu: o GSA. E foi assim, em 5 de janeiro de 2011, que o EDN nasceu institucionalmente e oficialmente. Creio que o Instituto Elos e o EDN partilham e se inspiram em princípios comuns. Isso nos aproxima naturalmente para parcerias em trabalhos.

Quem faz parte

Além de Tony Marlon, Priscila Freire Araújo, uma designer inconformada com a forma das coisas atuais, viajante do mundo e clown por natureza, e Natalia Mancio, jornalista, mineira, flamenguista e extremamente organizada, também fazem parte do EDN.

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