Quer colocar a mão na massa para mudar o mundo? Participe do GSA 2024!

Começou! Estão abertas as inscrições para participar da próxima edição do Guerreiros Sem Armas (GSA) e o Caminho do Sim terá início no dia 04 de outubro. Este é o primeiro módulo do programa, online, e tem como objetivo já colocar a pessoa participante em movimento para: (re)descobrir suas habilidades e talentos, desenvolvendo um olhar apreciativo sobre seu potencial; cultivar conexão afetiva com a própria rede e também com as outras pessoas que estarão participando deste processo, vivenciando o pertencimento em grupos; e impulsionar o protagonismo em ações coletivas concretas.

Ao final do Caminho do Sim, que é também uma etapa eliminatória do programa, a pessoa receberá um feedback e pode ser selecionada para realizar os módulos seguintes do GSA. Para participar, basta preencher o formulário de pré-inscrição no site: https://institutoelos.org/gsa/ e aguardar mais informações por e-mail (verifique sempre a caixa de SPAM)!

A edição GSA 2024 será um marco especial na nossa história: é também a comemoração de 25 anos do nascimento do programa! Quem vem? Se essa ideia mexe com você, inscreva-se agora mesmo! E se você conhece alguém que é a cara do programa, não deixe de encaminhar este convite!

Seja você também a mudança que o mundo precisa, seja GSA!    

“Mutirão não é só físico, acontece intelectualmente também”, defende Lua, GSA 2022

“O mutirão não é só algo físico. Ele acontece intelectualmente, também. É quando a gente junta as nossas ideias com o que as outras pessoas já pensaram ou fizeram”, é o que defende Julie Lua a certa altura de uma conversa sobre o seu Colorindo a Quebrada com Poesia.  Seu não, ela reforça algumas vezes: nosso.

“Foi o saber e o fazer junto, esse projeto é muito sobre isso. Foi colocar as diversidades que somos para construir algo coletivo. Se as pessoas não se envolvem, não compram a ideia, as coisas não acontecem”.  

Crédito: Juliana Gomide

Lua foi uma das oito pessoas apoiadas pelo Jovens Ideias, edital do Instituto Elos que estimula quem passa pelo Programa GSA a prototipar e testar hipóteses de transformação pelo país. No caso dela, tudo começou com uma inquietação, que virou uma ideia, que virou um projeto; mudou um pouco, logo nos primeiros encontros: estar disponível ao que se apresenta como necessidade.

“Quando escrevi a proposta, queria apoiar jovens escritoras, quem estava começando a publicar seu primeiro livro. Depois percebi que muita gente que estava na caminhada há algum tempo tinha poucas oportunidades de publicação. Não eram só os alunos, mas quem facilitaria as oficinas também precisaria ser publicado”, detalha.

E foi aí que nasceu a Antologia Poética “Colorindo a Quebrada com Poesia”, reunião dos trabalhos de 15 artistas da palavra e da imagem. O lançamento aconteceu com um sarau no Espaços Elos, em 23 de agosto.

Crédito: Clarissa Borges

“Permite que eu fale, não as minhas cicatrizes”

Para costurar tantos linguagens e talentos, tantas subjetividades e agendas, Lua imaginou que era preciso antes de tudo aproximar a Filosofia Elos, uma de suas inspirações no desenho do projeto, da sua periferia, da sua quebrada. E isso começou pela linguagem. Organizou então, assim, encontros que colocavam as vivências, as memórias de alunas, alunos e oficineiros no centro da roda ora presencial, ora virtual: cada conversa, um passo.

E foi assim que os setes passos foram traduzidos para o quebradês. E foi assim que o Cuidado, por exemplo, virou Mantém o Respeito, na facilitação do Arquimedes Machado. Lua explica melhor:

“Você pode escrever sobre tudo que quiser, mas não pode ser violento com a existência de alguém. Não pode ser machista, não pode ser transfóbico, não pode ser racista. Por isso essa oficina se chamou Mantém o Respeito, que é o Cuidado”. Nesse momento, também, olha-se para todos os detalhes para a publicação de um livro: tamanho de fonte, cor, qual papel. Viu: Cuidado.

 A cada novo encontro, Pega a Visão que é o Olhar; Várias Fitas que é o Afeto, e por aí foi, uma nova pessoa artista facilitadora. E a cada nova pessoa artista facilitadora, um novo espaço seguro, convidativo e estimulante para a criação de quem sempre esteve historicamente afastada dos espaços de oportunidades. Mas, que agora, não mais.

“Nossa vida não pode ser resumida às nossas dores, é importante encontrarmos um lugar para o nosso direito ao amor também, às liberdades dos nossos corpos”, diz Lua. Para a poeta, escritora e sonhadora literária, a luta pelo direito à palavra é, também, uma luta pelo direito à existência histórica.

“Nossa memória, como povo preto, passa muito pela oralidade. Então, a gente precisa agora registrar também no papel as nossas Escrevivências, como diz a Conceição Evaristo”. 

E Lua se atentou aos dois jeitos de caminhar: quem quiser escutar o audiobook do Colorindo a Quebrada com Poesia é só clicar aqui.

GSA em Movimento: o sonho de Myrian Castello

Com seis anos, a Myrian Castello assistiu assim na TV: em 2025, a água do planeta vai acabar; foi um desespero. Era preciso avisar aos adultos.

Os adultos, eles nunca prestam atenção ao que importa de verdade, daí ela correu para chamar um primo, pareia de idade; era seu sócio de sonho. Nosso melhor sonho é sempre coletivo, já percebeu?

O coração e a imaginação de uma criança não estão preparadas para uma notícia dessa: que a água do planeta vai acabar, em 2025. Ela sai para fazer alguma coisa acontecer, sai para adiar o fim do mundo. O adulto vai marcar uma reunião em 15 dias, o convite vai por e-mail.

Não teve um adulto, ela contou, não teve um adulto por aqueles dias que não tenha recebido um cartãozinho alarmante com a notícia do fim próximo da água. E um pedido: economize, por favor. Distribuíram dezenas deles, ela não esqueceu isso nunca mais, mais de duas décadas depois, e me contou.

Myrian explica que essa foi a primeira vez em que sonhou e realizou nessa vida, depois vieram muitas outras. Feito aquela vez que inventou um produto Anti Stress para presentear o pai. Existia até linha de produção que envolvia bexiga e algum tipo de farinha. Esse negócio de sonhar e trazer coisas ao mundo era bem seu jeito, não deu outra, caiu na Engenharia. Foi lá que aprendeu como as coisas funcionam, saiu sabendo mais sobre o funcionamento de si mesma, e com uma decisão: “Quero devolver o sonhar para as pessoas”.

É que quase tudo na faculdade era tão diferente do que poderia ser que ela não conseguiu se encontrar por lá. A gente precisa estar presente para conseguir sonhar. Depois descobriu que quase ninguém se encontrou, era muito desperdício de vida.

Por que aquelas aulas arrastadas, sem nenhuma conexão com as pessoas, quando se poderia aprender o funcionamento das engrenagens observando um carrinho de caldo de cana?!? E depois ainda beber um copo e o chorinho. Tudo piorou para melhor, quando Myrian conheceu o Guerreiros Sem Armas, os Jogos Cooperativos: “Pela primeira vez não me senti sozinha no mundo. Encontrei minha comunidade”. Não poderia ter outro nome, uma organização que nasceu de sua inquietação e dos seus vários amigos e amigas encontradas por aquele caminho: Fábrica dos Sonhos.

Teve uma aula, uma vez, que Myrian descreveu como uma ida ao inferno, que se deparou com um lugar quente que saia fogo de todo lugar: era uma empresa de caminhões, e ela saiu traumatizada. Daí o motivo de ser uma fábrica agora também, mas de outro tipo: daquela que nos nasce de novo.

“O sonho é importante porque ele traz o direito de existir. Ele te ajuda a sair de alguns lugares, a se colocar em movimento. É sobre convidar as pessoas a irem para onde elas quiserem, imaginar esses lugares”, resume.  Feito aconteceu com ela que saiu da faculdade, foi acolhida pelos pais em sua decisão; entenderam que o coração de Myrian não estava na sala de aula; queria se dedicar a isso agora, fazer as pessoas voltarem a sonhar. Feito ela mesma voltou quando descobriu que sonhar já é um hábito de muitos e muitas por aí. Aquelas pessoas que encontrou no GSA.

De 2013 para cá, Myrian toca a Fábrica dos Sonhos, um lugar para sonhar com ética e amor. “Trabalhamos Para criar um mundo de amor em que todos os seres possam ter o direito de sonhar e oportunidades para realizar e inspirar”. Agora quer colocar o sonhar dentro da Constituição Brasileira: 

“Deve ser um direito humano, o Estado precisa garantir condições para que todas as pessoas possam sonhar e realizar seus sonhos. Na Fábrica trabalhamos para isso”, defende. Cada pessoa sonha de um jeito particular, mas existem algumas condições que favorecem o nascimento de pessoas e ambientes sonhadores. Myrian destaca alguns:

“Para sonhar, a gente precisa de necessidades básicas atendidas. Se você está num ambiente seguro, com comida todo dia, sente-se confiante a dar outros passos”, foi a primeira dica.

“Para sonhar, precisamos ter inspirações por perto, algo ou alguém que possamos perceber que é possível, já ver acontecendo”, o segundo, que se relaciona com o terceiro ponto de alguma maneira: líderes de torcida.

“Quem sonha precisa ter por perto pessoas que acreditem. É quem estimula, encoraja. É alguém que sempre irá ficar feliz com o seu avanço, mas também perguntará: o que posso fazer para te ajudar a chegar mais rápido?”, detalha. “Todo mundo já teve alguém que olhou de cara feia quando a gente contou um sonho, isso nos tira energia na hora”.

Tudo, até aqui, é importante, mas o essencial mesmo vem agora: “Quando chegamos numa comunidade, a gente sempre encontra alguém que está na chave da escassez, sabe. Isso acontece porque essa pessoa já recebeu muitos nãos na vida, sonhar ficou distante demais para ela”, explica Myrian. “Precisamos soprar a brasa que está quase se apagando”.

Karinne Costa, GSA 2022: ‘E se você construísse um Museu dos Sonhos do seu bairro?’

O Museu dos Sonhos Vivos busca impulsionar a criação de espaços para reunir memórias e sonhos que pulsam em territórios periféricos. É assim, bem direto e reto mas sem perder a ternura jamais, que a iniciativa se apresenta ao mundo em seus materiais de comunicação.

Nascido no Recife, Pernambuco, o projeto é sonhado e puxado pela GSA 2022 Karinne Costa e é um dos 8 que têm apoio do Jovens Ideias. E ainda tem no time: a Carol Braga, Edla Ayane, Jeniffer Oliveira e o Ytalo Santana. Além do Jorge Carneiro e o Joalison Batista, moradores da Bomba do Hemetério e que fazem as vezes de articuladores territoriais. 

Criado pelo Instituto Elos em 2023, o Jovens Ideias apoia técnica e financeiramente projetos criados por quem passou pelo Programa GSA, não importando o ano. O objetivo é criar condições para que brotem novas tecnologias sociais populares ao redor do país.

A Bomba, carinhosamente chamada assim, é um das periferias da capital pernambucana, fica na zona norte, e ferve arte e cultura para todos os cantos. Foi a partir daí que o time do Museu dos Sonhos começou a costurar essa ideia: abrir espaço na rotina para que visitantes e a própria população de lá não se esqueça de quem são e da potência que tem, nem por um minuto. Fizeram isso de duas maneiras: construindo um circuito de andada e trazendo projeções virtuais num site, com entrevistas e o resgate de imagens locais.

Crédito: Eduardo Melo

Sete foram os lugares para o Circuito de Andada, passeio pelo espaço e pela memória da Bomba do Heméterio: do maracatu nação Raízes de Pai Adão, Fundado em 1998 a Escola Mardônio de Andrade Lima Coelho, onde todas as crianças e jovens da região se encontram. Afinal de contas, lugar de construir lembranças é onde a gente está, em qualquer canto. Os lugares receberam a instalação de placas QR Code, que direciona ao site, com explicação histórica.

Para as pinturas e grafites nos muros, um grande mutirão que convidou tempo, talentos e habilidades de quem mora por lá. Nem a chuva forte daquele fim de semana, 20 de agosto, afastou as pessoas, especialmente as crianças.

“O Museu dos Sonhos Vivos”, explica Karinne, “é uma ponte para fortalecer o sentimento de pertencimento entre as moradoras e moradores do território”. Para a educadora e poeta, “fomentar a documentação e a preservação da memória é preservar o próprio espaço em si”. A metodologia foi nasceu para, o tempo todo, construir a partir das vontades e necessidades da Bomba, garantir sua escuta.

Há quem tenha entendido que o museu fosse um lugar físico, desses de hora e data para abrir e fechar. Não esse. Na Bomba, a memória ocupa os lugares, as casas. A memória se faz presente pelo caminho que se faz pelo território, por isso ele é um museu a céu aberto, vivo o tempo todo. 

No 27 de agosto, quando aconteceu um encontro celebração de todas as entregas que aconteceram, é que todo mundo entendeu melhor: o museu na verdade é uma decisão nossa de nos contarmos inteiras, para todo mundo. As periferias e favelas não podem ser resumidas aos desafios sociais que enfrentam.

Em breve, as histórias de quem chegou e vem construindo a Bomba do Heméterio até quem ela está hoje poderão ser encontradas nas páginas de um site, que vem sendo preparado. Por lá, depoimentos e fotos históricas da jornada do bairro, ao longo de anos. O trabalho desse time, porém, já ganhou outras tantas páginas, de sites jornalísticos.

https://negre.com.br/museu-dos-sonhos-vivos-sera-inaugurado-no-recife/

https://www.folhape.com.br/noticia/detalhe/artista-pernambucana-cria-museu-virtual-em-homenagem-a-bomba-do/287055/

Artista pernambucana cria Museu dos Sonhos Vivos em Recife – Blog Zulene Alves

Bairro culturalmente muito rico, a Bomba do Hemetério vai ganhar “Museu dos Sonhos Vivos” – #OxeRecife

Bazar do Bem: oportunidade, solidariedade e encontros (uol.com.br)

‘Museu dos Sonhos Vivos’ é criado em Recife (PE) – Noticia Preta – NP

 

Debora Cristina, GSA 2022: ‘As pessoas precisam de espaço de qualidade para serem, para criarem’

Cultura, é possível encontrar essa explicação por aí, é a fricção das existências com o espaço e o tempo. Antes nos vestíamos de um jeito, hoje de vários outros. Antes nos alimentávamos de uma maneira, hoje de várias outras.

Cultura é tudo que dinamiza a vida, mas que se faz meio sem querer, digamos assim; quase no automático, digamos assim: o jeito de andar, de se sentar, de se conversar com alguém. O que se pede para beber, enquanto se conversa com alguém. É o invisível sutil, mas pelos quais podemos nos reconhecer: estamos no Brasil, estamos no Benim, estamos numa cidade de três mil habitantes na fronteira com a Polônia.

Durante a Oficina de Pintura, com Jessyca I Crédito: PAC.JPG

Quem constrói a cultura de um lugar são as pessoas daquele lugar, todas elas: o presidente, a primeira-ministra. A executiva chefe de uma empresa, uma diretora financeira. A senhora de 87 anos que trabalhou a vida inteira no mercadinho perto de casa. Cultura é sobre como nos movemos pela vida. Já a arte é uma das maneiras de fofocar esse movimento ao mundo. E aí que a nossa história começa.

“Eu acredito muito no círculo, na roda”, explica Débora Cristina, GSA 2022. É ela quem começou a sonhar o Co-Criando Transformações, uma das 8 iniciativas apoiadas pelo Jovens Ideias esse ano. O constrói ao lado da Jéssyca e do Celso.

Oficina de Comunicação Com Débora Cristina I Crédito: Tony Marlon

O círculo, por exemplo, é uma das maiores expressões culturais humanas. Onde quer que exista uma fogueira e algumas pessoas com instrumentos musicais, haverá um pertencimento que ninguém explica bem como acontece. Todas as pessoas saberão onde se sentar, o que precisa ser feito depois disso.

Jessyca, durante vivência de pintura I Crédito: PAC.JPG

“Existe algo de potente quando sentamos em roda”, Débora continuou.  Na Oficina de Comunicação que puxou no Co-Criando Transformações, ela convocou esse poder do círculo para deixar um recado a todo mundo que se inscreveu: se existem mil maneiras de falar,  existem outras mil maneiras de escutar. Para isso, exercícios e mais exercícios coletivos, que as pessoas fizeram animadas.

“A coisa que mais gosto de fazer é escutar as pessoas, ser afetada por elas. De ecoar junto”, explica. Durante a atividade, contou melhor a intenção do dia, que abria uma série de quatro oficinas oferecidas gratuitamente pela iniciativa: Comunicação, Pintura, Escrita e Capoeira & Vogue.

“Existe produção de cultura no viver de todas as pessoas e é com elas, do dia a dia, que queremos conversar. Eu não sei quem está sistematizando tudo isso, sabe. Guardando essas memórias”, diz. E, pronto, é isso que ela e o time do Co-Criando  quer trazer ao mundo, uma espécie de escola de escutas culturais:

Crédito: PAC.JPG

“As pessoas precisam de espaço de qualidade para serem, para criarem”.  E foi isso que aconteceu, ao longo de todas as atividades oferecidas a quem quisesse e pudesse chegar.

E sobre o futuro, ela mesma disse sem precisar perguntar. “Agora, eu quero entender: o que mais seremos, além do que a gente já fez até aqui?”.

Para saber a resposta dessa pergunta, só acompanhando o perfil da iniciativa: Co-criando (@co_criandotransformacoes) • Fotos e vídeos do Instagram

Instituto Lojas Renner – Agentes do Plano de Território da Bonja

Após meses de diagnóstico e de oficinas comunitárias realizadas desde o final de 2022, o Bairro Bom Jesus, conhecido como Bonja em Porto Alegre, está construindo o seu Plano de Território! No âmbito da implementação das metas desenhadas neste plano foram selecionadas 25 pessoas para formar o grupo de Agentes do Plano de Território. Cada agente receberá uma bolsa de R$1.500 para auxiliar o seu trabalho nos próximos meses. 

Até novembro, as pessoas selecionadas terão algumas funções a exercer, como apoiar o desenvolvimento das metas de cada tema do Plano de Território, participar nas reuniões com parcerias públicas e privadas, e ainda participar em atividades de capacitação formativas e inspiradoras conforme os temas a serem definidos pelo grupo de agentes. 

A definição deste grupo seguiu alguns critérios de seleção e priorização que foram definidos a partir de escuta das pessoas envolvidas no processo, num dos encontros com os moradores no Centro Esportivo da Bom Jesus, realizado em Junho. Alguns dos critérios foram: a disponibilidade dos moradores, a composição de um grupo misto com pessoas mais experientes e lideranças em formação, e também a faixa etária dos moradores, sendo que o objetivo era ter uma composição de 50% com jovens (até 29 anos).

Das 53 pessoas inscritas, foram selecionados as seguintes pessoas, com base nos critérios de seleção e priorização: 

Adolescentes (até 17):

  • Bruna Lopes de Lima
  • Laila Jaciele Cunha
  • Lara Jamile Nacor dos Santos Severo 
  • Luís Miguel Rocha de Souza 
  • Paloma Caroline Flores Da Silva
  • Tauany Machado Amaral 
  • Weslley Gabriel Maciel Amarante

Jovens (18 a 29): 

  • Carlos Eduardo da Silva Vieira 
  • Cindielly Vargas da Silva
  • Marina de Lima Schmitt
  • Nathally Barcelos Ponce
  • Rousse Natielle Machado de Lucena

Adultos (a partir de 30):

  • Alex José dos Santos 
  • André Pereira
  • Andréia Boanova de Avila 
  • Cenira Vargas 
  • Danielle Boeira
  • Guacira Martins Prestes 
  • Julio Cesar da Silva Felipe 
  • Luciana Silva dos Santos
  • Margareth Rodrigues Borges 
  • Pâmela Sabine ramires 
  • Renata Quinteiro
  • Rosane Batista da Silva
  • Sandra Verginia Soares de Vargas 

O próximo encontro para dar início a esta nova etapa, acontecerá no dia 19 de agosto (sábado), das 9h às 17h. 

Local: Centro de Educação Ambiental (CEA), Avenida Joaquim Porto Villanova, 143, Vila Pinto

Relembrando que o grupo de pessoas selecionadas não é definitivo, são estas as pessoas que vão começar a trabalhar as demandas, mas este fato não impede o envolvimento de outras pessoas. A participação nos encontros aos sábados continua aberta, mas é obrigatória a confirmação com até dois dias de antecedência! 

Quer participar no Plano de Território da Bonja? Entre em contacto com nossa equipe de facilitação: 

Contexto do projeto

O Instituto Elos em parceria com o Instituto Lojas Renner apoia e fortalece desde 2018 o movimento que moradores do bairro de Bom Jesus vem fazendo cada dia mais, para o bairro ser um lugar de realização e isso nos impulsiona a trilhar esta jornada empreendedora e pulsante juntamente com a Bonja! 

Esse projeto do Plano de Território é uma iniciativa das pessoas que moram na Bonja que age como um guia estratégico, considerando aspectos sociais, econômicos, ambientais e culturais. Serve para orientar o desenvolvimento do bairro e apoiar na promoção da inclusão social, do acesso a serviços públicos de qualidade, da preservação do meio ambiente e da melhoria das condições de vida das pessoas que moram na Bonja. 

 

Veja uma das iniciativas que aconteceu na Bonja:

HASCO – Parceiro em contextos diferentes

Leia este arquivo em inglês aqui.

HASCO, uma agência de habitação social no condado de Snohomish, WA, nos Estados Unidos, procurou iniciar uma parceria com o Instituto Elos para apoiar na aprovação de um novo projeto habitacional na cidade de Lynnwood, WA, que oferece mais unidades de habitação subsidiadas para acolher uma crescente demanda de famílias de baixa renda. A possibilidade desse projeto gerou tensões no território, principalmente pela preocupação com possíveis impactos negativos da iniciativa, como aumento de violência e resíduos na vizinhança, sobrecarga do sistema viário, consumo de drogas, conflitos culturais e étnicos. 

O Elos tem desenvolvido uma grande experiência na mobilização comunitária e trabalho social em projetos de habitação, e por isso mesmo recebemos e aceitamos o convite para trabalhar em um contexto diferente do Brasileiro. Aplicando a filosofia Elos, fizemos um mapeamento, oferecemos escuta e reunimos as impressões e perspectivas dos atores envolvidos, além de ampliar o diálogo com organizações locais e setor público. 

Com os achados dessas conversas, identificamos quais as questões centrais dentro desse projeto. Em paralelo, oferecemos mentoria para o CEO e a equipe técnica da Hasco para o estabelecimento de diálogo e relacionamento com os stakeholders.

Um primeiro diagnóstico trouxe evidências de como potencializar as oportunidades que antes não estavam visíveis. A partir de uma postura acolhedora das diferentes visões de atores, escuta genuína das suas preocupações e predisposição para construir junto soluções que pudessem trazer bem estar para toda a comunidade, veio a conquista da primeira etapa do projeto: a aprovação unânime no conselho de planejamento e no conselho municipal para a continuidade do projeto.

“O resultado foi surpreendente e reconhecido como impacto do nosso trabalho de escuta e fortalecimento das relações com os diferentes stakeholders locais” diz Paulo Farine, gestor da célula de soluções no Elos. Estamos agora trabalhando para a segunda etapa, em que vamos continuar o nosso trabalho de aproximação e mapeamento de stakeholders, com um foco agora na vizinhança direta dos empreendimentos, criando espaços seguros para o diálogo e a busca por soluções que contemplem as diferentes vozes do local.

“Trabalhar com a equipe da ELOS tem sido uma experiência maravilhosa. Eles me ajudaram a olhar para os problemas de uma perspectiva diferente, facilitando a visualização das soluções. Onde eu via problemas, eles viam oportunidades. E especialmente na minha área, trabalho muito com dados e números, e é muito fácil perder-se do objetivo final, mas quando voltei a me concentrar no impacto que as decisões podem ter nas pessoas, o caminho torna-se muito mais claro”

Duane Leonard
Diretor Executivo da Housing Authority of Snohomish County (HASCO)

Atenção ao nosso blog para acompanhar o desenrolar desse projeto e se ainda não tiver assinado, assine agora a nossa newsletter para não perder as novidades!

Quién cuida de quienes cuidan: reunión discute salúd mental en la Vila Esperança

Este artículo fue traducido por  Elaine Conde, participante voluntaria de la Comunidad de Traducción del Instituto Elos.

Léalo en portugués aquí.
Léalo en inglés aquí.

Una encuesta  aún inédita realizada por el Instituto Elos señala que el  65% de los líderes vinculados a nuestro trabajo en la Baixada Santista tienen dedicación diaria al trabajo en sus territorios.Y el 52% de los entrevistados no cuenta con seguimiento psicológico profesional. Con eso en mente, articulamos oportunidades de intercambio sobre el tema salud mental con territorios socios. Fue lo que sucedió en Vila Esperança, el 24 de junio.

Allí, como ya saben, el Instituto Elos ha trabajado con residentes durante el último año fortaleciendo el desarrollo de suenõs colectivos de transformación. Una de las materializaciones de esta obra fue la renovación de la sede de Asociación De Bem com Mangue. Puedes consultar la historia completa aquí. Esta vez, los líderes locales recibieron el grupo de “Salud Mental y Cuidados – aspectos socioculturales, éticos y políticos”, proyecto de extensión de la Universidad Federal de São Paulo – UNIFESP.

El grupo de estudiantes conoció el local, renovado, y pudieron conocer más sobre las actividades que están siendo programadas para el segundo semestre. Uno de los intercambios sucedió con Francisca, pequeña escritora de Vila Esperança. Tiene apenas 10 años y acaba de publicar su primer libro.

El proyecto de extensión busca promover espacios de intercambio y discusión con líderes territoriales sobre la práctica del cuidado, en los diversos estratos de la vida. El tema es aún más urgente para quienes cuidan de tantas otras personas, como es el caso de los líderes comunitarios. Para esto, y fue hermoso, reunieron a las personas en círculo y buscaron nombrar el tema a partir de las vivencias y experiencias presentes allí.

Juliana Gomides, una de las responsables que ha acompañado de cerca la Vila Esperança en los últimos meses, resume bien uno de los grandes aprendizajes del día: “ Fue muy increíble la conversación para que nos diéramos cuenta de que, en la práctica, aquí cuidar es vivir en común-unidad”, dice.

“La experiencia de conocer el espacio y los diferentes frentes de acción fue increíble, enriquecedora y inspiradora”, cuenta Luiza Escardovelli, estudiante que forma parte del grupo de extensión. Ella quedó especialmente conmovida con algo que escuchó, entre una conversación que iba y otra conversación que volvía.

“Una de las participantes del círculo compartió una frase que todavía resuena en mi: somos familias que cuidan de familias. Eso me mostró el poder común y fortalecido de las comunidades”, revela. Luiz también celebra la presencia de los niños durante todo el encuentro ya que ellos también necesitan lidiar con muchas cosas al mismo tiempo. La reunión terminó con una hermosa feijoada, compartida entre todas las personas del círculo.

Todos los años, al fin de cada Programa GSA, el Instituto Elos monitorea y asesora los territorios que acceden al programa. Con duración promedio de un año, durante ese tiempo los líderes locales tienen reuniones periódicas con facilitadores institucionales que apoyan los más diferentes desafíos.

¿Qué hace que una iniciativa social se comunique bien? En Jovens Ideias, algunos caminos

Este artículo fue traducido por Eloísa Ferré, participante voluntaria de la Comunidad de Traducción del Instituto Elos.

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Los Jovens Ideias, como saben, es el llamado de apoyo a proyectos de transformación socioambiental liderados por quienes pasaron por el Programa GSA, una comunidad de más de 640 personas en 57 países. La estrategia del Instituto Elos es empezar apoyando a los de Brasil y luego expandirse.

En 2023, en la edición de debut, 8 propuestas están recibiendo inversión financiera y apoyo técnico para poner en marcha sus actividades y teorías de cambio en todo el país. Uno de los principales objetivos es apoyar en la sistematización de estas ideas de cambio. Además del intercambio entre ellos, los líderes GSA reciben especialistas  para reuniones inspiradoras. Fue lo que sucedió el último día 4, cuando hablaron sobre los desafíos de comunicar el impacto social, especialmente en los territorios. Investigador, periodista y educador, Ronaldo Matos fue quién facilitó el encuentro.

lea un artículo sobre la Joven Ideia de Mirian Fonseca haciendo clic  aqui.

Uno de los co-fundadores del Desenrola e Não me enrola, colectivo que piensa y produce comunicación desde la periferia y los barrios populares de la zona sur de São Paulo, Ronaldo es uno de los más importantes estudiosos del tema y sabe, como pocos, pensar en una comunicación que atraviese la vida y los caminos de las personas. Durante poco más de dos horas, él compartió lo que ha estado descubriendo y haciendo por allí. Trajo una perspectiva decolonial de la comunicación al centro de la conversación.

“Comunicar”, argumenta, “es construir vínculos”. Y esto no se puede hacer sin considerar la mirada, el repertorio y el lenguaje de quienes recibirán la historia que se quiere contar. Para llevar el campo de las ideas a la práctica, Ronaldo transformó una multitud de conceptos en experimentos, experiencias. En ejercicios. La cabeza, comprende, si el cuerpo vive el conocimiento.

“Lo pueden notar”, dijo hacia el final del encuentro, “empezamos con un movimiento para conocer mejor a nuestros públicos, a nuestras audiencias. Entonces era necesario conocer más sobre nuestros territorios, ya que son organismos únicos y vivos. Seguimos evaluando posibles estrategias para cruzarnos en el camino de las personas, conectamos esto con la posibilidad de revisar nuestra narrativa, mientras hablamos con diferentes personas. Y, finalmente, andamos articulados con otros grupos que hacen cosas parecidas a nosotros”

Ronaldo piensa en la comunicación más allá de la historia, de la plataforma, de los contenidos en sí. Para él, establecer diálogo con proyectos anteriores, que abrieron caminos, es tan importante como hacer arte, producir videos para promocionar las actividades.

“Lo que hablamos aquí es parte de algo más grande, que es desarrollar una cultura de análisis de datos y contextos para tomar decisiones. Suena aburrido, laborioso, pero es un proceso necesario si queremos transformar sistémicamente nuestras comunidades”, dice. Es decir, podemos y debemos confiar en nuestras intuiciones, pero no está de más rodearnos de datos e información para pensar en movimientos más estratégicos.

Además del Laboratório de Criação, el Joven Ideias apoya el Saberes do Povo do Remanso (Lençóis, BA), Cocriando TRANSformações (campinas, SP), Associa as Ações (São Vicente, SP), Quilombo GSA – Tereza de Benguela (nacional), Colorindo a Quebrada com Poesia (nacional), Museu dos Sonhos Vivos (Recife, PE) e o Fim de Semana no Parque (Cubatão, SP).

Cosiendo los puntos: ganamos fuerza cuando conectamos al trabajo de Elos a las políticas públicas

Este artículo fue traducido por Eloísa Ferré, participante voluntaria de la Comunidad de Traducción del Instituto Elos.
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Es Juliana Campos quien explica que la participación en consejos es tan desafiadora cuánto fundamental para garantizar que las políticas públicas conversen, de verdad, con las necesidades de las personas. Ella es una de las personas que ocupan espacio en los consejos, a partir del Instituto Elos ocupa hoy en día.

Consejos son espacios que discuten, fiscalizan y sugieren mejoras de un área de servicio público. Por ejemplo, en la Salud. Hacer parte quiere decir que te vas a juntar de tiempos en tiempos con varias personas para discutir si está todo funcionando en la política como debería en su ciudad. Y si no esta, como hacer para modificar eso. Participan de los consejos personas representando al gobierno y a la sociedad civil. O sea, governantes. Y tu y yo. Quien tiene interés directo en el asunto, quien usa aquel servicio.

“Consejos son espacios para tensar, en el sentido de traer conversaciones difíciles sobre el modelo o funcionamiento de una política”, dice Juliana. “Porque la idea es que encuentren por allá a la persona que usa el servicio como un representante del Ministério Público, por ejemplo. Todos juntos”. En la práctica, ella explica, eso ajuda a la sociedad a pedir cambios o sugerir nuevas ideas. En algunos casos, denunciar algún problema.

Lo ideal, defiende ella, sería conseguir garantizar condiciones para que la población pueda estar en esos lugares. No es lo que sucede. Juliana cuenta que, muchas veces, las reuniones son en horarios en que los líderes no consiguen ir. Como el Instituto Elos trabaja en sociedad con muchos territorios, participar de consejos es una de las maneras de garantizar que las necesidades de estos lugares y personas sean consideradas, tomadas en cuenta.

“Nosotros tenemos algunas pistas de los desafíos y necesidades que existen por cuenta de nuestra proximidad, más también por causa de acciones como la pesquisa que hicimos. Entonces, veo que nos cabe también ese papel de llevar esos puntos para esos lugares”, defiende.

Nuestro trabajo se explica asi: somos una organización de educación social que fortalece la capacidad de que las personas transformen su realidad. O sea, construimos el ambiente y las condiciones para que las personas protagonicen su historia. Estimular la ocupación de los consejos es una de las muchas maneras de hacer eso.

Nuestro trabajo gana más fuerza y se hace más eficiente cuando conseguimos unir así a mayores contextos, como por ejemplo, las políticas públicas”, defiende Juliana. “Después de ir a una comunidad y apoyar la construcción de palafitas, por ejemplo, es importante que la gente consiga abrir un canal en que esas moradoras y moradores puedan sentarse con el poder público para pensar en los próximos pasos”. El nombre Elos no es por acaso, como se puede ver.

Además del Consejo Municipal de Asistencia Social, que Juliana participa, el Instituto Elos participa de otros espacios de articulaciones dentro y fuera de los espacios públicos de decisión.