Aline Bento e Mariana Felippe sabem bem quais são os convites que ainda farão às pessoas que passaram pelo Programa GSA. Boa parte desses convites chegarão assim: venham, o encontro são vocês em troca.
Uma crença de que tudo que precisamos é estarmos aqui, intencionadas, dispostas e disponíveis uma a outra.
A Comunidade GSA é composta por mais de 680 participantes, vindas de mais de 60 países. Para saber como o programa de formação de lideranças mobilizadoras funciona clique aqui.
Dentro do Instituto Elos, Aline e Mariana que são responsáveis por impulsionar encontros dessa rede transformadora. Chamamos esse movimento de projeto Comunidade GSA. Ou seja, são elas quem desenham os convites e constroem as oportunidades para os espaços virtuais de celebração das memórias, de fortalecimento do propósito e para o intercâmbio de ideias entre todas as pessoas.
Esse projeto de estímulo a encontros recorrentes entre quem já passou pelo Programa GSA começou no segundo semestre de 2023. Até aqui, a Comunidade GSA se reuniu duas vezes.
São as qualidades dos elementos que permeiam cada convite, influenciam a dinâmica do dia. Quem fez o Programa GSA sabe bem a importância pedagógica desses elementos. Enquanto no primeiro encontro, o da Terra, a busca foi por uma reconexão com o chão que pisamos juntas, pessoas tão diferentes entre si mas que partilham experiências e valores de mundo tão parecidos , no Encontro da Água, no 22 de novembro, o que apareceu foi: liberdade com direção.
“Há duas maneiras de reencontro”, explica a Mariana Felippe. “A primeira é quando pessoas que se conheceram no GSA se veem de novo, e esse espaço vira um lugar em que as elas podem saber uma das outras. O outro jeito é quando há um encontro dos interesses em comum”.
Mariana contou isso por causa de uma das atividades que elas trouxeram. Boa parte do Encontro da Água foi dedicado a uma pergunta que ela e Aline fizeram a quem esteve on line: quais são os temas e assuntos que interessam a vocês aprofundar, de maneira coletiva? Lembra de uma das qualidades da água: liberdade com direção? Então, é sobre isso. Brotaram alguns, que vão de educação a autocuidado.
Em grupo, em salas on line, cada GSA de um lugar do mundo, os cinco grupos de interesse mergulharam nos assuntos: o que tenho pensado e sentido sobre o tema? Eu tenho experimentado alguma proposta de ação na minha cidade? Como essa conversa acontece em meu país, é muito diferente de como acontece por aí, no seu?
Imagine a riqueza de uma troca desse jeito, de mundo todo. Uma das belezas da Rede GSA é exatamente essa: a diversidade é potência, não uma ameaça.
De tudo que apareceu e foi conversado, dois grandes assuntos estarão nas trocas de seguirão acontecendo em 2024. Já previstas e organizadas.
Em abril, acontecem trocas temáticas sobre autocuidado e saúde mental e, em setembro, outros dois momentos ao redor de mudanças climáticas. Os encontros do Fogo, em janeiro, do Ar, em março, e Nhanderekó, em junho, fecham o primeiro ciclo com a Comunidade GSA. E aí começa tudo de novo, com outros convites, com esse grupo transformador trazendo outras perguntas, outras inquietações.
A transformação se dá no encontro, na troca. Não se sai igual do outro lado de uma conversa, mesmo que ela seja assim, virtual. Todo mundo fisicamente tão longe de todo mundo. Mas tão perto, tão junto, em tantas outras coisas e valores. Com esse trabalho, o quê o Instituto Elos quer é sempre cultivar um lugar para o reencontro de quem um dia passou pelo Programa GSA.
Um reencontro da pessoa consigo mesma, da pessoa com os sonhos do mundo, da pessoa com o que o mundo está pedindo em termos de transformação. Cultivar comunidades, é sobre isso.