2016 – Conheça o Manifesto GSA

No Encontro de Verão GSA, realizado entre 8 à 12 de janeiro de 2016, em Santos, fruto do sonho do Felipe Denz, GSA 2012, foi aberto com uma roda de conversa sobre o mundo que todos sonhamos, que deu origem ao que entendemos ser um manifesto dos Guerreiros Sem Armas.
Participaram do encontro:
EDIÇÃO 2000 : Thaís Polydoro
EDIÇÃO 2007: André Pascoal, Ariane Mates, Luísa de Sá, Taís Brandt
EDIÇÃO 2009: Mariana Felippe, Natália Dittmar, Paulo Farine, Tony Marlon, Unílson Mangini Júnior
EDIÇÃO 2011: Amanda Hammes, Carla Cardoso, Herbert Lima, Ronaldo Pereira
EDIÇÃO 2012: Felipe Denz, Fernando Conte, Jamerson Mancio, Renata Laurentino
EDIÇÃO 2014: Bruna Kievel, Felipe Ferreira, Julia Carvalho, Laura Claessens (Bélgica), Lucas Harada, Myrian Castello, Sérgio de Araújo Júnior, Simone Batista, Victor Pucci
EDIÇÃO 2015: André Marins, Camila Silveira, Daniella Dolme, Gabriel de Sousa, Ronaldo dos Santos, Túlio Notini, Vanessa dos Santos, Veva Rude, Sebástian Ronderos (Colômbia)
EQUIPE ELOS: Mariana Gauche, Natasha Gabriel, Ricardo Oliveros, Rodrigo Alonso, Val Rocha
  MANIFESTO GSA
memoria GSA
“3017, há muito tempo nós vivemos no mundo que todos sonhamos. É um mundo de equilíbrio, a igualdade social existe. Discutimos muito sobre como trazer justiça e equidade e como trabalhar nas comunidades vulneráveis. Olhamos para onde ninguém estava olhando, onde não chegava apoio e nem ajuda. Sonhamos essa equidade social e entendemos que oportunidades simples podem mudar vidas.
Hoje, as pessoas exercitam desde pequenas a expressar a intimidade consigo mesmas e se conhecerem bem. As relações são transparentes e verdadeiras. Há convites para as pessoas conhecerem outras realidades. A economia é de colaboração, muitas trocas. A criatividade e os talentos são valorizados. Há criação e distribuição de riquezas e uma nova relação com o dinheiro.
Fomentamos a criação de organizamos e comunidades sintrópicas, espaços e escolas e empresas que geram mais energia do que consomem, inclusive as universidades e governos. Nós compartilhamos cultura de países e locais, havendo muito respeito! Há comunicação de dentro pra fora, a partir das necessidades. Criamos ambientes que respeitam a vida e as coisas acontecem com leveza. As pessoas são conscientes e abrem para aprender e compartilhar.
As relações comigo, com o outro e o mundo, são unidas e posso reconhecer que estou em tudo e tudo está em mim, há paz. Nos relacionamos de forma diferente com a geração de energia, ela é autônoma. Há mais governança, mais locais fazendo ações em círculo, mais presença física e olhar. A diversidade é respeitada e celebrada. A economia privilegia a distribuição e não a concentração na mão de poucos. Há doação para todo mundo.

Há muita conexão e relação com os animais. As relações amorosas são baseadas no confiança e liberdade. A relação íntima com o que consumo, inclusive alimentação, está próximo disso. Somos jardineiros no sentido amplo. O ser humano tem o papel de cultivar. As comunidades são fortes, vibrantes e unidas. Vemos a diversidade como uma riqueza. O mundo apoia a conexão com o eu verdadeiro eu e não com expectativas de fora, inclusive na educação. Há espaço para se trabalhar o espírito, alma ou como se queira chamar.

Podemos comer sem nos preocuparmos. O mundo é seguro, inclusive com relação à segurança emocional e diálogo aberto e respeitoso. Eu posso viajar livremente e há formas de transporte sustentável. Há equilíbrio, equidade, diversidade, harmonia. Há o acolhimento da diversidade de uma maneira saudável, sem o bem e o mal de maneiras opostas. As relações são empáticas, a gente compreende o outro para viver em harmonia, a gente entende o diferente.
Aqui em 3017, a gente relembra a importância dos ciclos da vida, a alimentação, as estações, os ciclos das mulheres, o contato com a natureza. Reaprendemos a viver com tudo isso, inclusive com os ciclos da idade, nós não escondemos mais a velhice. As corporações produzem coisas que atendem necessidades reais. Encontramos as melhores formas de produzir. Construímos de forma divertida e leve. No fim do mês, quando faço as contas, valorizo tudo o que fiz e todos os encontros que tive, ao invés, de olhar para o que eu acumulei. Na política, as pessoas fazem o que às fazem felizes. A sustentabilidade afetiva é a métrica do mundo dos sonhos. Realizamos sonhos sem temores e medos. Não há guerra, violência e nem crime organizado, não há impunidade nesse mundo.

Há dias muito especiais, do café da manhã ao transporte, as relações no trabalho, tempo para compartilhar. Há grupos de pessoas que são loucas, temos como nos relacionar e entende-las, elas fazem parte da sociedade. Há mais tecnologias abertas e todos se sentem felizes por materializar, mas também contribuir para outras pessoas realizarem e terem acesso ao conhecimento.

Nós resinificamos o trabalho, ele não é mais apenas fonte de renda. Lidamos melhor com o tempo e com quanto tempo precisamos dedicar para cada coisa. Não existe uma fórmula cartesiana. A relação com a economia é baseada na abundância e nos recursos. Nós vimos que a verdadeira arte não valoriza apenas o dinheiro, mas a troca de valores.
A educação valoriza a vida sem punição. Nós percebemos que existem outras formas de mudar atitudes. Reconhecemos que somos espíritos eternos e lutamos para nossa evolução sem fugirmos da realidade, nós construímos a nossa realidade.
Na materialização nós entendemos a diferença de acumular e compartilhar. Temos clareza de como acolhemos e compartilhamos. Entendemos que emoção é energia em movimento e que as relações humanas precisam sem reconstruídas, abrindo espaço para essas reconstrução sempre. Valorizamos a conexão.
Começamos a cuidar das nossas águas. Há rios limpos, pessoas nadando e a terra é livre e faz parte do bem comum. Nós cuidamos desse bem comum para ser bom para todo mundo. Nós temos confiança, mesmo nas grandes cidades não há medo. As pessoas são livres e respeitamos o ritmo de cada um e todo mundo cultiva a sua chama interior. Não há julgamentos, há respeito pelas decisões pessoais e nesse mundo não precisa mais ter polícia, ONGs, não tem fronteiras.

Somos geridos pelas relações afetivas e as pessoas escolhem o que querem, reconhecem a diversidade de visões e pontos de vistas e entendem isso. As crianças são livres, nós não decidimos por elas e lembramos que já fomos crianças também. Todos somos eternos brincantes.
Há harmonia entre as forças opostas, como na cooperação e a competição. Nós temos liberdade para fazermos nossas escolhas estéticas e reconhecemos a sabedoria indígena e a tecnologia, tudo está à serviço do mundo. Não há intoxicação das palavras e nem dos remédios. Nós entendemos que a saúde está muito mais conectada à natureza e não fazemos mais escolhas guiadas pelo dinheiro. As instituições estão à serviço da sociedade. Todo mundo tem acesso às necessidades básicas, moradia, água e alimento, e nesse mundo entendemos que o silêncio também faz parte da conversa e não falar nada também é comunicação”.
Leia mais sobre o Encontro de Verão GSA

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