Você sabia que a tecnologia pode melhorar a qualidade do que você come?

Por Val Rocha
Visitei as instalações da ISCA Tecnologias nos EUA e ver toda a infraestrutura que eles têm lá, me fez pensar em compartilhar o que esses parceiros do Elos fazem para mudar o mundo, mudando o processo de produção do que vem parar no nosso prato. É normal que existam insetos nas plantações de maçã, como em qualquer outra cultura.
Apesar da presença destes insetos ser considerada uma ameaça à produção, esta potencial ameaça só se materializa e passa a constituir um risco, quando a população de insetos atinge um certo número. É só a partir deste momento que o agricultor precisa tomar alguma providência para evitar que os insetos causem dano à plantação.
Durante muito tempo, não haviam formas de monitorar o que acontecia na plantação, e, por precaução, o produtor aplicava inseticida. Ou seja, às vezes, o inseticida era aplicado mesmo que não houvesse inseto em número suficiente no campo para trazer prejuízo ao produtor. Algumas das conseqüências desse tipo de aplicação são o excesso de resíduo de inseticida nos alimentos, exposição dos trabalhadores do campo à grande quantidade de substâncias químicas e disposição de substância química no meio ambiente (solo, ar e água).
Mas as coisas não precisam acontecer desta forma, e muitas mudanças aconteceram na produção de maçã no Brasil na última década. Você já ouviu falar de feromônio?
O feromônio é uma substância química produzida pelos insetos para se comunicarem. Uma fêmea libera feromônio para informar que está em período fértil, deixando uma trilha que permite ao macho encontrá-la. Quando se encontram, copulam e a fêmea precisa encontrar um lugar para deixar suas larvas, que precisam se alimentar. Esse lugar é a fruta!
Produzindo maçãs sem o uso de inseticida
Quando o Elos iniciava sua história de inovação no terceiro setor, a ISCA Tecnologias iniciava sua própria revolução, oferecendo produtos para monitoramento de pragas no Sul do Brasil; mais especificamente, no mercado da maçã.  Com o uso dessa tecnologia, as aplicações de inseticida foram reduzidas de 17 para 8 por safra e depois, para 4. O resultado disso é uma fruta mais saudável para nós, mas também um meio ambiente mais rico.
O inseticida, na maioria das vezes, mata vários insetos, e não apenas a praga alvo. Isso impacta a cadeia alimentar e, por isso, animais que se alimentam de insetos desaparecem do meio ambiente causando desequilíbrio. Nos últimos anos, algumas pesquisas falam do retorno de pequenos roedores, raposas e outros animais que haviam desaparecido dos campos do Rio Grande do Sul. A sua volta assusta algumas pessoas que os enxergam como pragas, mas reflete, com certeza, um mundo mais rico, diverso e saudável. O mundo que sonhamos.

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